Dinâmica
de criação: Apresentar um amor pela diferença, pela estranheza, mas ainda
com carinho.
A partir do
poema Amor feinho, de Adélia Prado.
Ele é
horroroso quando me ignora
é cruel
quando me deixa esperando
é falso
quando diz que me ama
no sábado
à tarde quando lavo,
compulsoriamente,
a cozinha
e a varanda
tenho
vontade de virar o balde,
na sua
cabeça loira
tenho
vontade de jogar o pano
no seu
rosto bonito
as horas
passam, a limpeza já está feita,
e ele é
uma ausência concreta
ele é
feio, por dentro e por fora
são muito
feios os seus lindos olhos azuis
também é
horrível seu sorriso cativante,
mas vai
ficar maravilhoso.
Quando, enfim, ele chegar.
Silvia Agnes - oficina de Literatura - Região Cristal - Clube de Mães do Cistal
Oficineiro Diego Petrarca
Um comentário:
Faltou a última frase:
"Quando, enfim, ele chegar..."
Silvia Clara
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