Dinâmica
de criação: Entrevistar um colega e apresentar um personagem com as respostas
do entrevistado.
A contadora
de histórias que conheci estava num lugar idílico, sentada no meio da relva de
um campo de trigos, onde além de e sentir uma leve brisa outonal, se podia
estrar dela o seu medo da solidão, mas também transmitia uma amor suave e
terno. Chama-se Clara, etão clara, eram suas lembranças, que começou ali
mesma a narrar sua história: um passado no qual "lembrava das viagens que
fiz com meu pai em pequena, até me casar, e as viagens que faço até hoje com
meu filho, ela diz." Essa contadora de histórias diz que "a vida não
se inventa, nasce feita, nasce escrita, traçada, teu destino é esse". A
sua cor preferida é o amarelo, "como meu signo" , diz el, gosta
também do ranco, embora use muito preto. Gosta do cheiro de terra molhada, pelo
primeiro pingo de água da chuva e do cheiro de estrume de vaca no campo.
Andando de bicicleta com seu neto, Clara diz: me traz uma lembrança...
Além de
contar histórias, gosta de fugir vendo filmes ou dormindo, e as horas de
insônia, diz, ela "é quando escrevo, invento poesias. Ama o lado da noite
de estrelas, "para poder viajar entre os planetas na estrela Dalva e tomar
chá com as 3 Marias". Clara gosta da noite, da música, e valoriza a
amizade, e carinho é uma palavra que não se pode calar, assim como a mágica que
faz desaparecer. Essa contadora de histórias gostaria de morar em
Florianópolis, para poder passear na praia todos os dias e ficar em
Floripa para rever seus familiares, viajar muito, porque, diz ela: "adoro
viajar e ser inconstante" assim como seu desejo impossível
de volta aos 25, 30 anos que foram maravilhosos.
Em pausas
ofegantes... muitos sorrisos, centenas de milhares, aliás, porque, diz
ela: "adoro sorrir", porque sem sorrisos a vida é muito
triste". Sonhos, já realizou alguns, pequenos, nenhum de grande vulto:
pintar, escrever um livro e cantar. Essa mulher adora beijos, beijar
muito todas as pessoas que estiverem precisando naquele momento e ainda
diz que tem o privilégio de existir. Aqui, acaba meu encontro no meio de um
campo de trigos, com uma suave brisa e ouvir tão bela história.
Jane Rosa - Oficina deLiteratura - Região Sul - Vila dos Pescadores
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