11 de set. de 2013

A CONTADORA DE HISTORIAS



Dinâmica de criação: Entrevistar um colega e apresentar um personagem com as respostas do entrevistado. 

A contadora de histórias que conheci estava num lugar idílico, sentada no meio da relva de um campo de trigos, onde além de e sentir uma leve brisa outonal, se podia estrar dela o seu medo da solidão, mas também transmitia uma amor suave e terno. Chama-se Clara,  etão clara, eram suas lembranças, que começou ali mesma a narrar sua história: um passado no qual "lembrava das viagens que fiz com meu pai em pequena, até me casar, e as viagens que faço até hoje com meu filho, ela diz." Essa contadora de histórias diz que "a vida não se inventa, nasce feita, nasce escrita, traçada, teu destino é esse". A sua cor preferida é o amarelo, "como meu signo" , diz el, gosta também do ranco, embora use muito preto. Gosta do cheiro de terra molhada, pelo primeiro pingo de água da chuva e do cheiro de estrume de vaca no campo. Andando de bicicleta com seu neto, Clara diz: me traz uma lembrança... 

Além de contar  histórias, gosta de fugir vendo filmes ou dormindo, e as horas de insônia, diz, ela "é quando escrevo, invento poesias. Ama o lado da noite de estrelas, "para poder viajar entre os planetas na estrela Dalva e tomar chá com as 3 Marias". Clara gosta da noite, da música, e valoriza a amizade, e carinho é uma palavra que não se pode calar, assim como a mágica que faz desaparecer. Essa contadora de histórias gostaria de morar em Florianópolis, para  poder passear na praia todos os dias e ficar em Floripa para rever seus familiares, viajar muito, porque, diz ela: "adoro viajar e ser inconstante" assim como seu desejo impossível de volta aos 25, 30 anos que foram maravilhosos.

Em pausas ofegantes... muitos sorrisos, centenas de milhares, aliás, porque, diz ela: "adoro sorrir", porque sem sorrisos a vida é muito triste". Sonhos, já realizou alguns, pequenos, nenhum de grande vulto: pintar, escrever um livro e cantar. Essa mulher adora beijos, beijar  muito todas as pessoas que estiverem precisando naquele momento e ainda diz que tem o privilégio de existir. Aqui, acaba meu encontro no meio de um campo de trigos, com uma suave brisa e ouvir tão bela história.  

 Jane Rosa - Oficina deLiteratura - Região Sul - Vila dos Pescadores
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