19 de jun. de 2015

A Missão na ponta do lápis: educação com qualidade

Sábado foi mais um dia de formação pedagógica para professores da rede municipal de ensino oferecido pela Coordenação de Descentralização da Cultura através do projeto Memórias da Escola. Estivemos na EMEF Dep. Marcírio Goulart Loureiro, localizado no Morro da Polícia (atual Alameda, antiga Chácara dos Bombeiros).
 

Inclusão e Acessibilidade: cadeiras-de roda para portadores de necessidades especiais.
Biblioteca aconchegante: o livro como objeto lúdico.
 Sua História começa pela necessidade de oferecer educação os filhos de bombeiros. É assim que a escola é construída, na chácara dos bombeiros, local marcado por saibreiras no morro da policia.
 No inicio são pequenos pavilhões pré-moldados de madeira lembrando a planta baixa das antigas “brizoletas” (apelido dado às antigas escolas construídas no Governo Leonel Brizola). Hoje, vista através do distanciamento do tempo, a imagem está bem gravada na memória da comunidade quase como um símbolo da luta pela educação no local.
Atualmente, depois de intensa luta no OP (Orçamento Participativo),  tem  uma estrutura física exemplar contando, inclusive, com elevador para garantir a Acessibilidade.


São muitos os projetos deste lugar que incentivam os valores locais.Um exemplo é o mapa Multicultural da Micro região Alameda feito pelos alunos da escola.
Se você quiser conhecer o morro da policia,  já tem um guia que conta com informações sobre cultura, lazer e esportes além de relacionar escolas e espaços de saúde e segurança.
  Na área ambiental, a escola conta com um projeto que trabalha o patrimônio imaterial através do conhecimento tradicional das plantas medicinais. São compostos medicinais produzidos pelos alunos.

ROSANE MARIA FLUCK:  Foi uma manhã de intensa partilha. Os 43 educadores recuperaram partes importantes da história da escola num exercício de memória que trouxe à tona o inicio desta construção cultural. O tempo foi exíguo para resignificar as inúmeras ações e projetos docentes da EMEF Marcirio G. Loureiro, as praticas culturais que valorizam o patrimônio local e que se colocam como instrumentos de valorização da comunidade. Fica o compromisso da Descentralização da Cultura de dar continuidade a esta experiência com um trabalho a ser realizado com alunos e com a comunidade no segundo semestre através do Projeto Memórias da Escola.
Depoimentos dos professores:
 
“Sinceramente não estava muito interessada  pelo termo patrimônio. Automaticamente me remeteu a pichação. Depois, quando o diretor explicou a respeito da Descentralização da cultura despertei para o tema e fazendo parte desta comunidade enquanto cidadã (moradora) e professora na escola amei fazer parte desta discussão. Foi uma maneira de dar “significado maior” ao patrimônio cultural da cidade e da escola( enquanto espaço público e cultural). Idéias que até então não conhecia “formalmente” -  Profª Luciane Munhoz Santiago.
 “Abordagem muito significativa, informações muito interessantes. Proporcionou interação, discussão  no grupo. As pessoas resgataram memórias. Abriu espaço para  o relato  de histórias pessoais e da comunidade” -  Profª Vera Lucio Damásio
 
Dentre todas as formações, essa foi a única que teve significado, conteúdo, envolveu os professores e forneceu subsídios para futuros trabalhos” -  Profª Rosane Saint!Dennis Salomoni
Parabéns pela iniciativa deste projeto, qualifica nosso trabalho e resgata a memória da nossa escola, do bairro, da cidade.”  -  Prof. Hobber Werner  Giorgetta Silva
A formação superou minhas expectativas. Foi um sábado muito agradável para conhecer o lugar onde trabalhamos e suas histórias, pois no dia adia não conseguimos  circular pela escola e ouvir as memórias de um tempo em que não estávamos aqui” -  Profª Helena Marichal
 
Esta formação colabora com nossa pratica em sala de aula porque acrescenta ao nossos projetos pedagógicos e faz com que reflitamos  sobre o nosso papel enquanto sujeitos históricos em relação ao patrimônio.” - Profª Márcia Maria Heinen Oliveira.

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