30 de set. de 2013

F Ê N I X



Dinâmica- Entrevistar o colega e transformar num personagem.

Fênix - Jane Rosa (Vila dos
Pescadores)
“ Existe um pássaro sagrado, cujo nome é fênix. Um pássaro com plumagem em parte dourado e em parte vermelho, é parecido com uma águia, é um pássaro único.Um pássaro da mitologia  grega que, quando morria entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das cinzas.”
É assim que conheci está ave / pessoa a espreita, em cima de um rochedo, de olhos tão ternos e suaves quanto aos da fênix que são altivos e ameaçadores.
Essa pessoa fabulosa a que vou chamar de chamar de Fênix, aquela que valoriza o amor e a amizade, e ainda o sonho de viver um grande amor, prefere o silencio, algumas músicas chama sua atenção, mas ainda prefere o silêncio. Define o caráter, como uma palavra que não se pode calar: “a pessoa tem que ter caráter, resume tudo, amor, amizade, tudo”. Um modo de desaparecer? Sair andando pelo mundo… ou voando como uma ave, é uma forma de desaparecer, mas viveria de novo, putz...não...são muito poucos…. o momento de voltar a adolescência e viver tudo diferente. 
Aquela que já riu muito, mas teve época de sua vida que sorria por nada, e as pessoas perguntavam porque ri a toa? Ave sorri!!  Esta pessoa acha que a vida não se inventa, ela se cria sozinha assim como a fênix. Medo, não parece ter...mas tem, de morrer afogada, atropelada, e o pior de todos, a rejeição. Vermelho alaranjado como a cor de suas asas, assim como o por do sol, quando o sol fica vermelho e depois fica alaranjado.
Como ave não, mas como pessoa gosta do cheiro de café do café, porque é inebriante e o perfume dos filhos, gostaria de usar esse perfume, para poder sentir o cheiro deles o tempo todo, como debaixo de suas asas. Gostaria de fugir, ter um canto só seu, para poder fugir quando quisesse... assim como a fênix que muda de espaço..e é livre…
Como pessoa, suas horas de insônia, escrever, mas não escreve, só pensa...na madrugada, imaginar que o dia vai nascer perfeito, alvorada, sol, calor, sem chuva, sem vento, sem problemas….e sair voando...
As vezes como pessoa: “eu paro pensando nisso, viver pra que? crescer? casar? ter filhos? netos...pra que? Queria só ficar a espreita do mundo….como a fênix….que prefere a noite, porque como pessoa eu “prefiro a noite”. Como pessoa “ ver teus filhos formados, não é para qualquer um, mas gostaria de viver um novo sonho, fazer uma longa viagem com seu marido, já que não pode mudar ele como pessoa. Como desejo impossível gostaria de ter $ para que “possa fazer as coisas do seu jeito”, “do jeito que eu quero”, só ganhando na loteria, “mas eu continuo jogando”.No passado não teria parado de estudar, “eu gostaria de encontrar alguém do passado”.... Que traz saudades de seus melhores beijos em que deu no marido…. Saudades de alguns domingos em que visitava uma grande amiga…

11 de set. de 2013

A CONTADORA DE HISTORIAS



Dinâmica de criação: Entrevistar um colega e apresentar um personagem com as respostas do entrevistado. 

A contadora de histórias que conheci estava num lugar idílico, sentada no meio da relva de um campo de trigos, onde além de e sentir uma leve brisa outonal, se podia estrar dela o seu medo da solidão, mas também transmitia uma amor suave e terno. Chama-se Clara,  etão clara, eram suas lembranças, que começou ali mesma a narrar sua história: um passado no qual "lembrava das viagens que fiz com meu pai em pequena, até me casar, e as viagens que faço até hoje com meu filho, ela diz." Essa contadora de histórias diz que "a vida não se inventa, nasce feita, nasce escrita, traçada, teu destino é esse". A sua cor preferida é o amarelo, "como meu signo" , diz el, gosta também do ranco, embora use muito preto. Gosta do cheiro de terra molhada, pelo primeiro pingo de água da chuva e do cheiro de estrume de vaca no campo. Andando de bicicleta com seu neto, Clara diz: me traz uma lembrança... 

Além de contar  histórias, gosta de fugir vendo filmes ou dormindo, e as horas de insônia, diz, ela "é quando escrevo, invento poesias. Ama o lado da noite de estrelas, "para poder viajar entre os planetas na estrela Dalva e tomar chá com as 3 Marias". Clara gosta da noite, da música, e valoriza a amizade, e carinho é uma palavra que não se pode calar, assim como a mágica que faz desaparecer. Essa contadora de histórias gostaria de morar em Florianópolis, para  poder passear na praia todos os dias e ficar em Floripa para rever seus familiares, viajar muito, porque, diz ela: "adoro viajar e ser inconstante" assim como seu desejo impossível de volta aos 25, 30 anos que foram maravilhosos.

Em pausas ofegantes... muitos sorrisos, centenas de milhares, aliás, porque, diz ela: "adoro sorrir", porque sem sorrisos a vida é muito triste". Sonhos, já realizou alguns, pequenos, nenhum de grande vulto: pintar, escrever um livro e cantar. Essa mulher adora beijos, beijar  muito todas as pessoas que estiverem precisando naquele momento e ainda diz que tem o privilégio de existir. Aqui, acaba meu encontro no meio de um campo de trigos, com uma suave brisa e ouvir tão bela história.  

 Jane Rosa - Oficina deLiteratura - Região Sul - Vila dos Pescadores
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10 de set. de 2013

AMOR FEINHO



Dinâmica de criação: Apresentar um amor pela diferença, pela estranheza, mas ainda com carinho.  
A partir do poema Amor feinho, de Adélia Prado.

Ele é horroroso quando me ignora
é cruel quando me deixa esperando
é falso quando diz que me ama
no sábado à tarde quando lavo,
compulsoriamente,
a cozinha e a varanda
tenho vontade de virar o balde,
na sua cabeça loira
tenho vontade de jogar o pano
no seu rosto bonito
as horas passam, a limpeza já está feita,
e ele é uma ausência concreta
ele é feio, por dentro e por fora
são muito feios os seus lindos olhos azuis
também é horrível seu sorriso cativante,
mas vai ficar maravilhoso.
Quando, enfim, ele chegar.

Silvia Agnes - oficina de Literatura - Região Cristal - Clube de Mães do Cistal
Oficineiro Diego Petrarca


9 de set. de 2013

Dinâmica de criação:



Entrevistar um colega e compor  um personagem com as palavras respondidas pelo colega.


O sonho de Mark Twin - Maria do Carmo Braga Vasconcellos

Começo nossa história com uma frase escrita por ele: "a gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela: é preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau".

O que me faz lembrar aquele menino que adorava se divertir lendo gibis na biblioteca, naquela pequena cidade do interior. Nessa época não se importava ou não tinha consciência dos problemas e inseguranças que os adultos poderiam ter, para ele improváveis fracassos, pois sentia-se como os seus super heróis, retratados nas revistas com seus desenhos coloridos que seus olhinhos devoraram. O sonho, o desejo de escrever estava latente, como uma semente que se planta e com força germina.

A vida passando, o menino crescendo, convivendo com novas imagens e grandes pessoas, inclusive sua amada esposa, que num momento lúdico, confessou ter dado seus melhores beijos, começo de uma família, um de seus sonhos realizados. Porém, sua ambição em relação aos desejos era muito grande, e continuou sua jornada pela vida em busca do ideal. Estudou e formou-se na Universidade, concluiu pós graduação, Mestrado, especialização e até obras publicadas teve. Isso não fez com que ignorasse a mãe natureza, não deixou de sentir o agradável cheiro de grama molhada ou o forte cheiro de canela, continuou admirando o céu azul, ouvindo músicas que lhes eram sonoras e lhe serviam de companhia nas horas que precisa estar só.  

Quando precisava fugir das exigências da vida, ficava quieto. Refletia sobre os amigos e o quanto eles eram importantes e tantas as formas de afetos que deixou de expressar. 

Hoje com a maturidade que poucos alcançam, postado a olhar a lua, que prateando a tudo e a todos, lhe traz de volta o seu sonho maior: escrever um romance. Por conhecer sua capacidade de transformar sonhos em realizações com seus super heróis dos gibis, ao se libertar, creio em breve ler um romance ou até mesmo uma novela, com um pseudônimo qualquer contando uma história que prenderá a atenção do leitor do início ao final, pois essa história será contada com o coração e na cumplicidade de uma vida.

oficina de literatura - Diego Petrarca - região sul

Dinâmica de criação:



Desdobramentos interrogativos sobre o poema 
De quem é o olhar? -
Fernando Pessoa
  
Interrogações - Amelia Koch

Enquanto penso, que olhares me espreitam?
Enquanto olho,que pensamentos me olham?
Resumos de realidade podem ajudar a suportar a vida?
Limites do copro podem ter intrusões malignas no espírito?
Às vezes dás tristes passos por caminhos longe da realidade? 
Enquanto dás passos tristes, qual a  tua realidade?
Num obscuro momento do universo, se acendessem só velas, a vaga luz poderia
plantar na lama desejos fracos?
Se esqueces o espaço misterioso de teu ser, que sentido darás ao rio da vida que passa
com as horas, metafisicamente?

Oficina de literatura - Diego Petrarca - região sul

MONTAGEM TEATRAL COMO MOTE DE PESQUISA E EXPERIMENTAÇÃO




Em meu terceiro ano na Descentralização meu trabalho foi se adaptando e se direcionando cada vez mais para a montagem cênica. Inicialmente partia de elementos da linguagem teatral para posteriormente pensar na elaboração da cena a ser apresentada no final do processo, percebi que quando chegávamos na cena é que o interesse pelos elementos como expressão corporal e vocal começavam a surgir. No segundo ano criei muitas cenas a partir de improvisação em pequenos grupos partindo de temas que eu estipulava como estímulos, mas como o grupo era muito instável só no último mês conseguimos elaborar uma cena criada através de improvisações das crianças com cadeiras, foi muito interessante a experiência e através da estrutura cênica consegui estimular a pesquisa de variações no texto, no corpo, ritmo, volume de voz e tudo o mais. Neste terceiro ano, radicalizo e parto do trabalho de montagem de textos curtos, iniciamos com a leitura dos textos, reflexão sobre o tema e partimos para a montagem das cenas.
Na oficina que desenvolvo no Ferrinho, serão 3 cenas: Entrevista de Emprego (autor desconhecido), Superstição Eu Não! (autor desconhecido) e Espelho Vaidoso de Marcus Di Bello. O trabalho inicia na primeira hora com todos os alunos em jogos de concentração, jogo e aquecimento e as duas horas seguintes em pequenos grupos direcionados para a montagem das cenas, ao final apresentamos o processo uns para os outros e conversamos sobre.
No final de agosto assumi a oficina no colégio Roque Gonzales com adolescentes, tive contato com o trabalho da turma desenvolvido pelo colega Rodrigo Scalari no ano passado, mantivemos contatos e consegui concretizar mais um ano de trabalho no colégio, agora sobre minha orientação. No Roque pretendo seguir com a proposta de montagem e no primeiro dia levei duas propostas de textos, ambos de comédia para que fossem lidos para semana que vem. A turma é grande, meus planos de montagem também e o tempo é curtíssimo, mas acredito no potencial da turma e dedicarei mais encontros para dar conta, não tenho dúvidas que será lindo!

oficinandos Ferrinho - Região Humaita

oficinandos Roque Gonzales - Região Centro Sul