25 de jul. de 2012


Experimentar o Desafio- Um Breve Relato
Jacqueline Pinzon 

       A origem latina da palavra experiência demonstra que o vocábulo experiri significa primeiramente provar, ao mesmo tempo em que o radical periri, está presente em palavras como  periculum (perigo), sendo  a raiz indo- europeia  per, ligada a ideia de travessia. Deste modo, realizar uma experimentação, experimentar algo, é, antes de tudo, expor-se ao desconhecido, cursar um trajeto no qual habita o desafio e  incerteza.
Por outro lado, a experimentação que se utiliza de elementos práticos, simbólicos e relacionais da arte pode auxiliar diferentes grupos na superação de situações pré-existentes, contribuindo com o exercício da cidadania e da própria autonomia dos sujeitos. Mais que tudo,  o fazer artístico contribui para desenvolver um outro olhar sobre o mundo e sobre si próprio, fruto da viagem sem medo experimentando o ainda não vivido.
     Este ano de 2012, como oficineira de teatro no Projeto Descentralização da Cultura, tenho trabalhado no CAPS -Centro de Atenção Psicossocial do Hospital de Clinicas, com um grupo de oficinandos que fazem parte da clientela atendida nas  diversas atividades promovidas pela instituição.
Mesmo que uma parte do grupo frequente as aulas como um atividade correlata à arte-terapia,  procuro não pensar muito no fato deles serem portadores de diagnósticos de algum transtorno mental, penso neles como meus alunos e traço as metas possíveis considerando suas facilidades e dificuldades como outro grupo qualquer. No caso específico, lido com limitações que apenas são mais evidentes, mas também enfrento algumas  dificuldades de conexão que eles apresentam mediante o uso de medicação, a qual influencia diretamente suas capacidades de resposta motora ou  da própria expressão de seus  pensamentos.
No final das contas, como oficineira, preciso compreender que enquanto em outros grupos, consigo realizar, neste mesmo período de tempo, de cinco a sete atividades diferentes, aqui realizo metade delas.  Por outro lado me sinto muito recompensada  pois percebo que aqui a entrega dos alunos ao trabalho é muito intensa, sendo o grupo  muito carinhoso.
     É importante comentar que sempre me senti bastante tranquila em relação a meu trabalho como oficineira e professora de teatro, ocupação a qual me dedico desde os anos oitenta. No entanto, ao realizar esta específica tarefa, confesso que no inicio me sentia  insegura, pois nunca havia trabalhado com oficinandos nestas  circunstâncias. Com o tempo, estou percebendo que este é um temor apenas meu, pois o grupo se motiva muito para o trabalho e o faz de modo dedicado.
     Desta forma vou aos poucos percebendo que devo controlar minha ansiedade por realizar muitos exercícios e ensinar muitas coisas novas de modo técnico mais exigente. Procuro então,  substituir este comportamento por uma atitude que enfatiza a aprendizagem de uma ou duas coisas de modo calmo e mais compassivo. De todos os modos procuro aceitar sua necessidades e as buscas coletivas que estas expressam, caminhando junto com meus alunos rumo ao desconhecido, tendo como companheiros os desafios que surgem através das infinitas possibilidades do ato de experimentar.

23 de jul. de 2012

7º FESTIVAL DE INVERNO


 7º Festival de inverno da Prefeitura de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal de Cultura, terá tres apresentações Descentralizada:

27 de julho - Sexta-feira - a partir das 19h
MC JEAN PAUL
e a Banda TAXI DRIVER
Na Escola Municipal  Ver. Antônio Giúdice
Rua  Caio Brandão de Melo, 9 - Bairro Humaita

28 de julho - Sábado - a partrir das 19h
MC JEAN PAUL
e GUSTAVO MARTINS E BANDA
No Centro Cultural da Lomba
Estrada João de Oliveira Remião, 5450 - Parada 13 - Lomba do Pinheiro

29 de julho - Domingo - a partir das 19h
MC JEAN PAUL
e o Grupo RC 7
No Ginásio do CECORES
Av. Nilo Wolff, s/n -  Restinga

A Entrada é franca

13 de jul. de 2012

Nossos Direitos

Nossos Direitos
 
Tenho direito de ser ouvido
e ser tratado com educação e respeito
Tenho direito de caminhar livremente pela cidade
e o dever de querer o bem da humanidade
Tenho direito de ir e vir
Tenho direito de falar
Tenho direito de prioridade na fila
Tenho direito de solicitar informações

Não pedi para ser deficiente visual
entenda-me
não julgue

Num momento de reflexão sobre a realidade enfrentada pelo deficiente visual na sociedade. Ouvimos alguns depoimentos e este foi o poema criado pelo grupo da oficina de poesia. É desejo deles veícular este poema. Neste dia faltaram participantes, 
Presentes: Ciliane, Eliseu J. Fritz, Luiz Burzlaff, Lurdes Setti, Pery Vargas, Regina, Sérgio Nunes

Oficineira Roselaine Funari